domingo, 9 de outubro de 2011

Conselho de série

Professores(as):

Antes de fechar seus conceitos, verifique:

- se você priorizou a efetiva aprendizagem;

- se você ministrou a devida recuperação de forma contínua como parte integrante do processo ensino/aprendizagem no desenvolvimento das aulas regulares;

- se há alunos que necessitam de compensação de conteúdos (atividades com finalidades de suprir a falta às aulas e sanar as lacunas de aprendizagem provocadas pelas faltas);

- se há chance de dar mais um instrumento para melhoria da aprendizagem;


Lembrem-se:
"Fundamental é que conhecendo os limites de sua ação, os educadores repensem sua prática profissional e passem a agir objetiva e coerentemente em face dos desequilíbrios e desafios que a relidade apresenta." - Maria Helena Martins

Para ler e refletir...

Entre 1959 e 2011... em que momento houve a MUTAÇÃO????!!!!!!!!!‏

Cenário 1: João não fica quieto na sala de aula. Interrompe e perturba os colegas.
· Ano 1959: É mandado à sala da diretoria, fica parado esperando 1 hora, vem o diretor, lhe dá uma bronca descomunal e até umas reguadas nas mãos e volta tranqüilo à classe. Esconde o fato dos pais com medo de apanhar mais. Pronto. · Ano 2011: É mandado ao departamento de psiquiatria, o diagnosticam como hiperativo, com transtornos de ansiedade e déficit de atenção em ADD, o psiquiatra receita Rivotril. Transforma-se num zumbi. Os pais reivindicam uma subvenção por ter um filho incapaz e processam o colégio.
Cenário 2:
Luis, de sacanagem quebra o farol de um carro, no seu bairro. · Ano 1959: Seu pai tira a cinta e lhe aplica umas sonoras bordoadas no traseiro. A Luis nem lhe passa pela cabeça fazer outra nova "cagada", cresce normalmente, vai à universidade e se transforma num profissional de sucesso. · Ano 2011: Prendem o pai de Luis por maus tratos. O condenam a 5 anos de reclusão e, por 15 anos deve abster-se de ver seu filho. Sem o guia de uma figura paterna, Luis se volta para a droga, delinqüe e fica preso num presídio especial para adolescentes.
Cenário 3:
José cai enquanto corria no pátio do colégio, machuca o joelho. Sua professora Maria, o encontra chorando e o abraça para confortá-lo...
· Ano 1959: Rapidamente, João se sente melhor e continua brincando. · Ano 2011: A professora Maria é acusada de não cuidar das crianças. José passa cinco anos em terapia pelo susto e seus pais processam o colégio por danos psicológicos e a professora por negligência, ganhando os dois juízos. Maria renuncia à docência, entra em aguda depressão e se suicida.
Cenário 4:
Disciplina escolar
· Ano 1959: Fazíamos bagunça na classe... O professor nos dava uma boa "carraspana" e/ou encaminhava para a direção; chegando em casa, nosso velho nos castigava sem piedade e no resto da semana não incomodávamos mais ninguém.
· Ano 2011: Fazemos bagunça na classe. O professor nos pede desculpas por repreender-nos e fica com a culpa por fazê-lo. Nosso velho vai até o colégio dar queixa do professor e para consolá-lo compra uma moto nova para o filhinho.
Cenário 5:
Horário de Verão.
· Ano 1959: Chega o dia de mudança de horário de inverno para horário de verão. Nada acontece.
· Ano 2011: Chega o dia de mudança de horário de inverno para horário de verão. A gente sofre transtornos de sono, depressão, falta de apetite, nas mulheres aparece até celulite.
Cenário 6:
Fim das férias.
· Ano 1959: Depois de passar férias com toda a família enfiados num Gordini ou Fusca, é hora de voltar após 15 dias de sol na praia. No dia seguinte se trabalha e tudo bem.
· Ano 2011: Depois de voltar de Cancun, numa viagem 'all inclusive', terminam as férias e a gente sofre da síndrome do abandono, "panic attack", seborréia, e ainda precisa de mais 15 dias de readaptação.
Cenário 7:
Saúde.
· Ano 1959: Quando ficávamos doentes, íamos ao INPS aguardávamos 2 horas para sermos atendidos, não pagávamos nada, tomávamos os remédios e melhorávamos. · Ano 2011: Pagamos uma fortuna por plano de saúde. Quando fazemos uma distensão muscular, conseguimos uma consulta VIP para daqui a 3 meses, o médico ortopedista vê uma pintinha no nosso nariz, acha que é câncer, nos indica um amigo dermatologista que pede uma biópsia, e nos indica um amigo oftalmologista porque acha que temos uma deficiência visual. Fazemos quimioterapia, usamos óculos e depois de dois anos e mais 15 consultas, melhoramos da distensão muscular.
Cenário 8:
Trabalho.
· Ano 1959: O funcionário era "pego fazendo cera" (fazendo nada). Tomava uma regada do chefe, ficava com vergonha e ia trabalhar.
· Ano 2011: O Colaborador pego "desestressando" é abordado gentilmente pelo gestor que pergunta se ele está passando bem. O colaborador acusa-o de bullying e assédio moral, processa a empresa que toma uma multa, o colaborador é indenizado e o gestor é desligado. 
 

Aluno Perfeito

*Ingredientes:
·         1 copo de respeito
·         1 xícara de educação
·         uma pitada de gentileza
·         uma porção de qualidades
*Modo de Fazer:
Misture o respeito com a educação dentro de você, até formar uma massa homogênea, que desgrude de todo preconceito. Peneire os defeitos e acrescente suas qualidades.
Coloque a mistura para assar em seu coração aquecido a 100°C.
*Resultado:
Um aluno perfeito, cheio de sabedoria e conhecimento.
Dica:
Para não errar na receita, abandone o desinteresse e a falta de amor. O Aluno Perfeito fica mais perfeito ainda se houver nele um anseio insaciável por aprender.
Bom proveito!
 Micaelly Gomes da Silva 1º A

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

O despertar para o prazer de LER

“L
er é o melhor remédio. Leia jornal, leia outdoor, leia alguém, leia a vida, leia a interação que ocorre entre a Física e a Geografia, miséria e chateação. Leia as impossibilidades, leia ainda mais as esperanças. Leia o que você quiser, mas leia e as ideias virão.”



Várias vezes, no decorrer do último século, previu-se a morte dos livros e do hábito de ler. O avanço do cinema, da televisão, dos videogames, da internet, tudo isso iria tornar a leitura obsoleta. No Brasil da virada do século XX para o XXI, o vaticínio até parecia razoável: o sistema de ensino em franco declínio e sua tradição de fracasso na missão de formar leitores, o pouco apreço dado à instrução como valor social fundamental e até dados muito práticos, como a falta e a pobreza de bibliotecas públicas e o alto preço dos exemplares, conspiravam (conspiram ainda) para que o contingente brasileiro dados aos livros minguasse de maneira irremediável. Contra todas as expectativas, porém, vem surgindo uma nova e robusta geração de leitores no país.
               

A leitura vem ganhando espaço nas escola, mas ainda há muito o que fazer. Alunos da E.E. ALEXANDRINA SANTIAGO NETTO estão descobrindo o saudável hábito de ler. A prática está se tornando comum na escola em todos os momentos. Cabe a nós a determinação em fazer com que a leitura vire sinônimo de prazer e biblioteca (Sala de Leitura), um espaço de cultura e entretenimento.

RAP DA LEITURA

A leitura é engraçada
É legal você vai ver,
Então deixe de moleza,
Vamos começar a ler.

No começo é muito chato,
Mas aqui vai descobrir,
Por que ler é importante,
Você vai se divertir.

A leitura se aplica,
Em tudo que você vê
Ela é muito importante,
Muito fácil de aprender.


Pois é lendo que se aprende,
Vamos ter dedicação,
A leitura é coisa séria,
Vamos ler com atenção.

Anderson Ribeiro de Freitas      7º ano B







domingo, 2 de outubro de 2011

Artigo de Opinião

O QUE ESTÁ POR TRÁS DO ENEM
Por VALDIR LANZA – presidente da União Brasileira Educacional (UNIBR) e mestre em administração educacional pela Winsconsin Internacional University

Em 1950, o Brasil possuía apenas 3% de seus jovens cursando o ensino médio. Neste ano, o ENEM foi aplicado para 3,2 milhões de estudantes -  e daí vem a idéia de um país grandioso que promove um processo rigoroso de ascensão social que passa, necessariamente, pela educação.
Na prática, no entretanto, o Enem revela uma nação sem política de Estado para o setor, com uma carreira docente banalizada ao longo do tempo envolvida em greves, invasões de reitorias e violência; uma escola pública falida e o MEC onipresente legisla, mantém, faz a gestão e regula todo o sistema.
Vamos aos números: apenas 6% dos colégios nacionais obtiveram avaliação semelhante às escolas OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) dos países desenvolvidos. Os brasileiros têm muita dificuldade em matemática e em interpretação de textos.
Temos um déficit de 40 mil professores, especialmente em matemática, física e química. Muitos professores entram na sala de aula sem método de avaliação e linha de aprendizagem, Além disso, não definem com clareza a importância do conteúdo selecionado. Apesar da defesa de cada conteúdo ser justificada, cometemos o erro de agregar aos conteúdos tradicionais temáticas ligadas ao corporativismo, às políticas afirmativas e de regionalismo, que incham o curso e são de pouca eficácia para formação básica. Em matemática, por exemplo, nosso conteúdo é dez vezes maior do que nos países desenvolvidos. A própria mecânica que se apropriou do Enem, como vestibular para mais de 600 instituições de ensino, estimula conteúdos excessivos em detrimento de um aprendizado objetivo e eficaz. Em contrapartida, o tempo de aula no Brasil é muito curto. Em 18 escolas públicas, acompanhadas durante o tempo líquido de sala de aula, não passa de pouco mais de duas horas, contra mais de seis horas diária nos países da OCDE.
As questões relacionadas à melhoria do nível educacional no Brasil são bem complexas, mas algumas medidas simples já ajudariam bastante, tais como;
a) currículos menores com foco nas disciplinas essenciais e possibilidade de disciplinas optativas;
b) incentivo às atividades práticas e de campo com simulações que trazem uma aula mais agradável. O aluno aprende fazendo;
c) rigor disciplinar para que a escola seja um local comunitário, de convivência amistosa em que o zelo pela instituição é um papel de todos;
d) avaliações baseadas em competência e habilidades trabalhando o uso de raciocínio lógico e capacidade de tomar decisões;
e) equalização do peso das disciplinas objetivas em relação da redação. A redação do Enem vale cinco vezes mais.
De qualquer maneira, o Enem contribui muito para uma visão mais crítica e pragmática de onde precisamos melhorar. De forma acanhada, temos melhorado em praticamente todos os índices educacionais, desde o início deste século.  O que não podemos aceitar é sermos eternamente exportadores de matéria-prima. Precisamos de educação de qualidade para produzirmos novos Lemanns, Seabras e Eikes e sermos reconhecidos pelas nossas Ambevs, Naturas e EBXs.
Artigo extraído do Jornal A Tribuna de 02 de Outubro de 2011.

PRIMAVERA

A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem possua jardim para recebê-la. A inclinação do sol vai marcando outras sombras; e os habitantes da mata, essas criaturas naturais que ainda circulam pelo ar e pelo chão, começam a preparar sua vida para a primavera que chega.

Finos clarins que não ouvimos devem soar por dentro da terra, nesse mundo confidencial das raízes, — e arautos sutis acordarão as cores e os perfumes e a alegria de nascer, no espírito das flores.

Há bosques de rododendros que eram verdes e já estão todos cor-de-rosa, como os palácios de Jeipur. Vozes novas de passarinhos começam a ensaiar as árias tradicionais de sua nação. Pequenas borboletas brancas e amarelas apressam-se pelos ares, — e certamente conversam: mas tão baixinho que não se entende.

Oh! Primaveras distantes, depois do branco e deserto inverno, quando as amendoeiras inauguram suas flores, alegremente, e todos os olhos procuram pelo céu o primeiro raio de sol.

Esta é uma primavera diferente, com as matas intactas, as árvores cobertas de folhas, — e só os poetas, entre os humanos, sabem que uma Deusa chega, coroada de flores, com vestidos bordados de flores, com os braços carregados de flores, e vem dançar neste mundo cálido, de incessante luz.

Mas é certo que a primavera chega. É certo que a vida não se esquece, e a terra maternalmente se enfeita para as festas da sua perpetuação.

Algum dia, talvez, nada mais vai ser assim. Algum dia, talvez, os homens terão a primavera que desejarem, no momento que quiserem, independentes deste ritmo, desta ordem, deste movimento do céu. E os pássaros serão outros, com outros cantos e outros hábitos, — e os ouvidos que por acaso os ouvirem não terão nada mais com tudo aquilo que, outrora se entendeu e amou.

Enquanto há primavera, esta primavera natural, prestemos atenção ao sussurro dos passarinhos novos, que dão beijinhos para o ar azul. Escutemos estas vozes que andam nas árvores, caminhemos por estas estradas que ainda conservam seus sentimentos antigos: lentamente estão sendo tecidos os manacás roxos e brancos; e a eufórbia se vai tornando pulquérrima, em cada coroa vermelha que desdobra. Os casulos brancos das gardênias ainda estão sendo enrolados em redor do perfume. E flores agrestes acordam com suas roupas de chita multicor.

Tudo isto para brilhar um instante, apenas, para ser lançado ao vento, — por fidelidade à obscura semente, ao que vem, na rotação da eternidade. Saudemos a primavera, dona da vida — e efêmera.

Texto extraído do livro "Cecília Meireles - Obra em Prosa - Volume 1", Editora Nova Fronteira - Rio de Janeiro, 1998, pág. 366.
A Primavera também está chegando na EE ALEXANDRINA SANTIAGO NETTO e para recebê-la o Programa Escola da Família deu um charme especial à escola cuidando do jardim, da horta e plantando algumas árvores como o pau brasil e o flamboyang.